quinta-feira, dezembro 08, 2011

Combate ao crack

Governo destina R$ 4 bilhões a programa de combate ao crack

Projeto, que prevê criação de 2 mil leitos, terá parceria com ONGs. Sobre entidades, Padilha disse que governo vai separar 'joio do trigo'.

A presidente Dilma Rousseff lançou nesta quarta-feira (7) um conjunto de ações integradas para o combate ao crack que terão orçamento de R$ 4 bilhões do governo federal. Com o lema “Crack, é possível vencer”, o programa possui três eixos: cuidado, autoridade e prevenção. O primeiro é voltado ao tratamento dos usuários, com a ampliação e qualificação da rede de atenção e criação de uma rede de atendimento especializada chamada “Conte com a gente”.
O programa prevê enfermarias especializadas em dependência química no Sistema Único de Saúde (SUS), com investimento de R$ 670,6 milhões. A previsão é de que sejam criados 2.462 leitos destinados ao tratamento de usuários de drogas.
“As pessoas usam tráfico às vezes para evitar a exclusão ou como forma de inclusão, para trabalhar mais, como na zona rural. Por isso, temos que ter atendimentos diferentes, individualizados. É preciso reconstruir um projeto de vida e um sentido da vida para essas pessoas”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O governo federal fará parcerias com entidades privadas voltadas à recuperação de dependentes químicos. As entidades que serão beneficiadas com financiamento público serão escolhidas através de seleção pública de projetos.
Em meio a uma série de denúncias de irregularidades em convênios com Organizações Não-Governamentais, principalmente nos Ministérios do Esporte e do Trabalho, Padilha enfatizou que o governo vai, segundo ele, “separar o joio do trigo” na seleção das entidades.
Além disso, serão criados 308 consultórios na rua, com médicos, psicólogos e enfermeiros. Os profissionais farão busca ativa de dependentes e avaliarão a necessidade de internação dos usuários. “Esses consultórios têm um aspecto importante, que é poder atender em horários não usuais. Temos que trabalhar até meia-noite, até 1h, ter horários mais apropriados nos momentos de maior exposição”, disse Padilha.

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