Saiu na imprensa: PT de ipatinga quer superar divergências
Conselho político inicia mobilização rumo à disputa em 2012
Diário do Aço - 27/02/2011 - 00h02
“Todos os nomes do Partido dos Trabalhadores que ainda integram o governo Robson Gomes (PPS) o fazem por contra própria, sem a aprovação do partido”. A afirmação é do presidente da comissão provisória da legenda, Antônio Pirralho, ao avaliar o resultado da reunião plenária do dia 19 de fevereiro, quando cerca de 150 lideranças de todas as correntes internas estiveram reunidas para tratar do futuro do partido em relação à participação da eleição municipal de 2012 e reafirmar a oposição ao atual governo.
Segundo Pirralho, o partido em Ipatinga vem de um desgaste sem igual na história depois de enfrentar a eleição extemporânea de 2010 e, logo em seguida, a eleição geral. Por causa dos conflitos, o PT no município sequer concluiu as eleições internas (PED), suspensas pela direção estadual, situação ocorrida também em outros municípios. Por isso, o PT permanece sem diretório e é comandado por uma direção provisória, até que a direção nacional estabeleça uma data para a realização do PED em caráter extraordinário.
Em Ipatinga, enquanto aguarda essa decisão, a atual comissão tem o papel de preparar o partido para a eleição de 2012. Alguns dos encaminhamentos desaguaram na plenária de sábado (19), no bairro Veneza II. O evento, conta Pirralho, teve convocação criteriosa, para permitir a presença de todos os líderes. No total, compareceram 150 pessoas, entre elas os quatro vereadores da bancada petista, o ex-prefeito João Magno de Moura a ex-vereadora Lene Teixeira. O ex-deputado Ivo José não compareceu. O ex-prefeito Chico Ferramenta e a ex-deputada Cecília Ferramenta justificaram a ausência, por causa de acidente envolvendo a mãe do ex-prefeito, internada em Belo Horizonte.
Também participaram o ex-deputado Virgílio Guimarães, e os deputados federais Leonardo Monteiro e Gabriel Guimarães.
Entre os resultados, a plenária definiu o recadastramento do banco de filiados, a ser iniciado em breve. Segundo o dirigente, Ipatinga tem hoje em torno de 8.500 filiados e o recadastramento visa conhecer concretamente quem permanece e verificar quem saiu do partido.
O entendimento do grupo é que o PT de Ipatinga tem nomes fortes para a disputa municipal em 2012 e caberá ao conselho político, criado na plenária, reorganizar todas as correntes internas e sustentar uma candidatura.
Entre os resultados, a plenária definiu o recadastramento do banco de filiados, a ser iniciado em breve. Segundo o dirigente, Ipatinga tem hoje em torno de 8.500 filiados e o recadastramento visa conhecer concretamente quem permanece e verificar quem saiu do partido.
O entendimento do grupo é que o PT de Ipatinga tem nomes fortes para a disputa municipal em 2012 e caberá ao conselho político, criado na plenária, reorganizar todas as correntes internas e sustentar uma candidatura.
Oposição
A maior parte do encontro petista tratou mesmo é do debate sobre a política local. O presidente do PT, Antônio Pirralho, lembrou que, tão logo ocorreu o impedimento da posse de Chico Ferramenta (PT) e, em seguida, a cassação do segundo colocado, Sebastião Quintão (PMDB), o presidente da Câmara Municipal, Robson Gomes (PPS) teve que assumir o governo interinamente, o partido não se omitiu. O PT definiu o apoio, tanto político quanto técnico, para que o governo funcionasse e atendesse às necessidades básicas da população nas áreas essenciais como saúde e educação.
A maior parte do encontro petista tratou mesmo é do debate sobre a política local. O presidente do PT, Antônio Pirralho, lembrou que, tão logo ocorreu o impedimento da posse de Chico Ferramenta (PT) e, em seguida, a cassação do segundo colocado, Sebastião Quintão (PMDB), o presidente da Câmara Municipal, Robson Gomes (PPS) teve que assumir o governo interinamente, o partido não se omitiu. O PT definiu o apoio, tanto político quanto técnico, para que o governo funcionasse e atendesse às necessidades básicas da população nas áreas essenciais como saúde e educação.
“Nem podia ser diferente, afinal, o Robson integrava a coligação que tinha Chico Ferramenta como candidato em 2008. Mas a resolução que tratava dessas questões perdeu a validade a partir do momento que, ainda em 2009, foi marcada a primeira eleição extemporânea e Robson Gomes, com apoio de outro grupo político, foi candidato”, lembrou.
Segundo o dirigente, tanto na primeira extemporânea marcada para setembro de 2009, em que o PT tinha Lene Teixeira como candidata, quanto na segunda convocação da eleição, em maio de 2010, quando foi lançado o nome de Cecília Ferramenta, não houve perspectiva de composição com o PPS, partido que, segundo Pirralho, não tinha base suficiente para tocar o governo com as propostas implementadas pelo PT nos 16 anos anteriores. “E nesta plenária, por unanimidade os dirigentes reafirmaram a oposição programática e política ao PPS e ao governo Robson Gomes, materializando o que já era de amplo entendimento”, detalhou.
Desafios vão além de divergências
Além de reestruturar o seu quadro de filiados, esfacelado após a eleição extemporânea e os rachas daquela época, ainda há questões como o que fazer com os membros de seus quadros que estão no governo a quem o PT declara oposição, ocupando cargos de confiança ou mesmo por indicação da própria bancada de vereadores petista no Legislativo. A própria oficialização da oposição ao governo na plenária encontrou algumas resistências, vencidas em votação.
E os nomes do partido que na disputa da extemporânea divergiram e foram apoiar outras candidaturas? Pirralho garante que a construção que se faz agora é de um partido em que a decisão da maioria deverá ser respeitada. Ainda sobre os motivos da divergência na extemporânea, Pirralho avalia que os prazos nas duas convocações de extemporânea não permitiam que se aprofundassem debates e os deslizes foram inevitáveis.
Na primeira convocação, por exemplo, o grupo Ferramenta não concordou com a indicação de Lene e foi apoiar a candidatura de Rosângela Reis (PV). Depois, na segunda convocação em 2010, o grupo Ferramenta conseguiu implantar a candidatura da então deputada Cecília e partes dos grupos divergentes foram apoiar o candidato do PPS. “Agora, o quadro é outro e há tempo mais do que suficiente para uma reconstrução do partido. As divergências serão superadas e o partido não deve ir para disputas com desentendimentos.
Para isso, vamos iniciar uma série de debates nas regionais de Ipatinga em que todos os filiados poderão opinar e decidir. O que for deliberado será transmitido ao conjunto de filiados. Agora, os desvios deverão sofrer as penalidades estatutárias que poderiam ter sido aplicadas na extemporânea, inclusive com expulsões. Não há outro caminho para resolver isso”, defende Antônio Pirralho.
PT de ipatinga quer superar divergências
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